TEATROSCÓPIO: FOTOS

UMA ÚLTIMA CENA PARA LORCA. Fotos Sonia Baiocchi

Novas fotos de Cascudo em EM CARTAZ

A propósito de Goethe

O Sorriso da Casa de Jóias,

texto e atuação de Bruno Palzato

POR QUE FAZER TEATRO?

O Teatro tem como principal função elevar a vida degradada do cotidiano até o plano da arte, como dizia Artaud. Transformar artisticamente a vida é a tentativa de sair do automatismo, da mecanização corporal, vocal e mental. A partir das repetições diárias habituais (horários, compromissos e até mesmo as manias individuais) nossas ações tendem à conserva, à perda da qualidade cinestésica, da espontaneidade.
Ao entrar em contato com o mundo artístico, abrimos uma possibilidade de viver o novo, o diferente, o inusitado, a fantasia, recuperamos nossas ações mais intuitivas, trabalhamos nossa percepção, concentração, criatividade, o espírito de equipe.
O contato com o texto teatral, por sua vez, nos mostra possibilidades infinitas de viver personagens e situações das mais diversas.

Pelo improviso nos tornamos mais hábeis a lidar com imprevistos, com o inesperado, mesmo no nosso cotidiano. Passamos a entender e utilizar a linguagem não verbal, a linguagem do corpo, das ações físicas.
Por que fazer teatro? Para viver um pouco mais!

BREVE HISTÓRIA DO CALEIDOSCÓPIO

O caleidoscópio é fruto de experimentações ópticas. Começou a ser desenvolvido na mesa científica do físico escocês David Brewster em 1813, durante suas pesquisas sobre a polarização da luz. O aparelho, que foi concluído em 1816 e patenteado em 1817, foi vastamente difundido no mundo inteiro devido a sua finalidade lúdica. Brewster não conseguiu garantir a proteção intelectual de seu invento fora da Grã-Bretanha e o brinquedo foi facilmente reproduzido, sendo vendido aos milhares em seus primeiros cinco anos de existência. Entretanto, para muitos ainda é um brinquedo desconhecido.

Atualmente, a indústria internacional comercializa os modelos mais populares, enquanto uma rede de profissionais vem se dedicando à confecção de modelos que podemos chamar de artísticos, em razão do nível de elaboração dos projetos, muitos dos quais envolvendo sofisticados recursos tecnológicos e materiais de acabamento que demonstram o cuidado estético com que os fabricantes conduzem suas pesquisas e produções. A Brewster Kaleidoscope Society, criada em 1985 nos Estados Unidos pela colecionadora Cozy Baker, reúne centenas deles e promove concorridos salões anuais para apresentação e comercialização de uma variedade de peças que faria suspirar o físico escocês.

Na mesa de batismo, Brewster banhou seu invento com três palavras gregas: kalos (χαλος) – belo; eidos (ειδος) – imagem; scopeo (σχοπεω) – ver: instrumento para ver belas imagens. Além de um nome para o brinquedo de contas coloridas, o termo escolhido por Brewster trouxe também uma pretensão, a de conferir ao caleidoscópio a função de gratificar o olhar (experiência estética) por meio da experiência lúdica. Se esse é o objetivo do jogo – perceber o belo – há mais desafios pela frente do que supõe a filosofia de Brewster. Afinal, a beleza é rica em polissemia. O pensamento estético a cultivou em múltiplos terrenos de modo a relativizar muito daquilo que queremos dizer quando nomeamos um objeto belo. Por isso, se a beleza na imagem caleidoscópica foi tomada como pressuposto por Brewster de modo tão assertivo, não podemos, por outro lado, tomá-la como sentença, uma vez que o “belo” é um conceito de largo diâmetro e sujeito a condições históricas, sociais e culturais.

(Amaro, André, O espírito caleidoscópico e o espetáculo cênico, dissertação Mestrado, Universidade de Brasília, 2010. Citação obrigatória)

TRILHA DAS ARTES

André Amaro é também jornalista da Rádio Câmara. No programa Trilha das Artes, ele entrevista nomes importantes da cultura brasileira. Confira aqui os artistas entrevistados e ouça o programa. Também disponível para download.

João Ubaldo Ribeiro - escritor

Antônio Nóbrega - ator, dançarino, instrumentista

Xico Sá - jornalista

Gero Camilo - ator, escritor, compositor e cantor

Ivaldo Bertazzo - coreógrafo

Maria Alice Vergueiro e Luciano Chirolli - atores

Denise Stoklos - atriz, diretora, autora

Giselle Rodrigues - coreógrafa

Suely Franco - atriz

Stepan Nercessian - ator, deputado federal

Nicolas Behr - poeta

Deborah Colker - coreógrafa

Roberto Alvim - diretor, dramaturgo

Zezé Motta - cantora, atriz

Paulo de Moraes - diretor

Henrique Rodovalho - coreógrafo

Alexandre Ribondi - ator, diretor, dramaturgo

Luiz Carlos Lacerda - cineasta

Rosa Maria Araújo - historiadora, presidente do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro
Paulo Roscio - documentarista
Climério Ferreira - poeta e letrista
Rodrigo Pederneiras - coreógrafo

Osvaldo Montenegro - compositor, cantor, diretor

Elisa Lucinda, atriz, poeta, cantora, escritora

Vladimir Carvalho - documentarista

João Saldanha - coreógrafa

Flavia Savary - escritora

Silvio Tendler - documentarista

Reco do Bandolim - instrumentista

Rênio Quintas - instrumentista

Venício Fonseca - diretor do Grupo Moitará

Josafá Neves, o Zafá - artista plástico e músico

Ziraldo - cartunista, escritor, pintor

Marcia Milhazes - coreógrafa

Mercedes Monteiro - tecelã

Karin Acioly - atriz, diretora

Julio Medaglia - maestro

Denise Fraga - atriz

Jorge Antunes - maestro

Beth Goulart - atriz

Hugo Possolo - ator

Dimmer Monteiro - ator

Dominguinhos - compositor, instrumentista e cantor

Edelson Nagues - escritor

Valeria Cabral - Fundação Athos Bulcão

Hermeto Pascoal - compositor, instrumentista

Iara Pietricovsky - atriz e ativista internacional

Em 2011 o Teatro Caleidoscópio vai surpreender você!

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